O exército de Israelense confirmou neste domingo (1º) ter recuperado os corpos de seis reféns em um túnel subterrâneo na área de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
Os mortos, todos feitos reféns em 7 de outubro durante o ataque do Hamas, pertencem a quatro homens e duas mulheres, tendo sido identificados como Carmel Gat, Eden Yerushalmi, o americano-israelense Hersh Goldberg-Polin, Alexander Lobanov, Almog Sarusi e Ori Danino.
Assim, cai para 97 o número de pessoas ainda mantidas em cativeiro, das 251 sequestradas em 7 de outubro. Dessas, pelo menos 33 estão confirmadas como mortas.
O porta-voz militar Daniel Hagari disse que os seis reféns teriam sido mortos pelo Hamas pouco antes de as forças chegarem até eles, de acordo com uma investigação inicial.
Seus corpos foram encontrados em um túnel na cidade de Rafah, no sul de Gaza, a cerca de um quilômetro de onde o refém Kaid Farhan al-Qadi, de 52 anos, foi encontrado vivo na semana passada, segundo Hagari.
"Quem assassina reféns não quer acordo"
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo que Israel não descansará até capturar os responsáveis pela morte dos seis reféns.
Em nota, ele afirmou que seu país está se empenhando por um acordo para libertar os reféns restantes e garantir a segurança de Israel. "Quem quer que assassine reféns – não quer um acordo", disse Netanyahu.
No sábado, por volta das 23h (no horário local), o exército confirmou ter encontrado "vários corpos durante os combates" em Gaza e disse que "as tropas continuam a operar na área e a realizar um processo de extração e identificação".
"Um acordo para o retorno dos reféns está sendo discutido há mais de dois meses. Se não fosse por atrasos, sabotagem e desculpas, aqueles cujas mortes soubemos esta manhã provavelmente ainda estariam vivos", reagiu o Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas, organização que representa os familiares dos sequestrados e que anunciou manifestações neste domingo em Jerusalém e Tel Aviv.
Americano-israelense entre os mortos
Entre os mortos, muitos na casa dos 20 anos, está o americano-israelense Hersh Goldberg-Polin, de 24 anos, nascido na Califórnia e que se tornou um dos mais conhecidos reféns do Hamas. A família confirmou sua morte em uma mensagem no Facebook. O presidente dos EUA, Joe Biden, enviou suas condolências em um comunicado.
Em 7 de outubro, Hersh participou do festival de música Universo Paralello - Supernova, onde foi sequestrado e ferido, forçado a usar um torniquete e teve uma de suas mãos amputada, conforme visto nos vídeos do ataque.
Há apenas quatro meses, em um vídeo divulgado pelo Hamas em 24 de abril, Hersh foi visto em boa saúde, lendo para a câmera uma mensagem para Benjamin Netanyahu, afirmando que o governante não faz o suficiente para libertar os reféns.
Sua família também é uma das mais ativas na luta pelo retorno dos prisioneiros. Em novembro, sua mãe, Rachel, foi um dos 12 membros da família que se reuniu com o papa Francisco no Vaticano, e ambos os pais sempre falaram sobre a urgência de se chegar a um acordo de cessar-fogo.
"Hersh, estamos trabalhando dia e noite e nunca vamos parar", reiterou Rachel Goldberg-Polin em 29 de agosto, quando a comitiva de parentes dos refugiados esteve no Vaticano.
md (EFE, Reuters)