Israel permitirá entrada de ajuda humanitária do Egito em Gaza

A decisão foi aprovada logo após visita do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a Israel, nesta quarta-feira (18)

Da redação, com Felipe Kieling

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que permitirá que o Egito entregue quantidades limitadas de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. A expectativa é de que os veículos cruzem a fronteira desta sexta-feira (20), com a passagem de 20 caminhões transportando água, alimentos e medicamentos aos palestinos na região.

A decisão foi aprovada logo após visita do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a Israel, nesta quarta (18), em acordo costurado entre os americanos, Israel e o Egito.

"Israel não impedirá o fornecimento humanitário do Egito enquanto for apenas comida, água e medicamentos para a população civil no sul da Faixa de Gaza", disse Netanyahu.

No entanto, o premiê de Israel afirmou que a ajuda humanitária não será permitida passando pelo território israelense enquanto reféns que estão em posse do Hamas não forem libertados. Gaza faz fronteira com o Egito, de onde partirá o comboio, além de Israel.

Já a passagem de combustível ou itens que auxiliem o funcionamento de geradores para suprir a falta de energia elétrica em casas e hospitais na região ainda não será permitida.

Troca de acusações

As trocas de acusações continuam entre Israel e Hamas pela autoria do atentado a um hospital que deixou mais de 500 mortos nesta terça-feira (17). Israel divulgou um áudio alegando ser uma interceptação telefônica entre dois soldados do Hamas.

Eles teriam assumido que a causa da explosão foi um míssil lançado a partir da Faixa de Gaza.

O governo de Tel Aviv divulgou ainda imagens de satélite e de diversas câmeras para embasar a alegação de que o israelense não tem nenhuma responsabilidade. Dizem ainda que se fosse um míssil de Israel haveria uma enorme cratera no local e garantem que o responsável é o grupo Jihad Islâmica - que também atua na Faixa de Gaza.

Mas essa é uma versão que não foi comprovada por países árabes e de maioria muçulmana, que apontam o dedo para o governo israelense.

Parte da população dessas regiões também parece já ter tirado suas próprias conclusões. Os diversos protestos - alguns violentos - condenam Israel e seus aliados, como americanos e britânicos. Na Cisjordânia, palestinos estão na rua desde ontem à noite. Hoje montaram barricadas para enfrentar a polícia israelense.

Tanto o Hamas como a Jihad Islâmica negam o bombardeio e afirmam que os israelenses são os responsáveis.

Tópicos relacionados

Mais notícias

Carregar mais