“Porta do Céu” é o nome da operação montada em Israel para receber o seu primeiro grupo de reféns trocados por 39 prisioneiros palestinos. Como a maioria deve ser de crianças, a recepção inclui brinquedos e um kit para o voo de Rafah, no Egito, até a base aérea de Hatzerim, a oito quilômetros de Beersheba, no deserto do Neguev, onde médicos avaliarão o estado físico e mental de todos. 

“Porta do inferno” é o que tentaram os Hutis, os aliados iemenitas do Irã, ao enviar contra Eilat, em Israel, drones e mísseis, na manhã desta sexta-feira. Mas não romperam o cessar-fogo, que está sendo mantido até agora.

Em Gaza, com o silêncio dos canhões, muitos residentes do norte que se refugiaram no sul tentam o caminho de volta, não recomendado por Israel, que pretende continuar a guerra suspensa no 48 dia, depois de quatro dias de cessar-fogo. Quatro caminhões tanques de combustível e quatro gás de cozinha estão abastecendo hospitais e serviços de emergência sob monitoramento da Cruz Vermelha. Entraram cedo pela porta de Rafah.

O cruzamento de túneis embaixo do hospital Al Shifa, a principal estação do "metrô" de Gaza, foi destruída pouco antes do início do cessar-fogo, às duas da madrugada do Brasil. (Aqui, uma observação: o Hamas construiu cerca de 500 km de túneis, mas nenhum, NENHUM, abrigo antiaéreo para a população de Gaza se proteger de bombardeios aéreos).

O Hamas deve receber 24 mulheres e 15 adolescentes em troca dos 13 israelenses. Não está claro, ainda, se os prisioneiros da Cisjordânia poderão ir direto para suas casas, ou se terão que passar pela conferência do Hamas, em Gaza. Resta um impasse na execução do acordo: Israel diz que a Cruz Vermelha deve visitar os reféns que ainda estão retidos, enquanto o Hamas pretende apenas dar notícias de cada um deles, sem permitir visitas.

Nas fotos, o interior de um dos três helicópteros de combate que trarão os reféns de Gaza, a maioria crianças, para Israel).