A polícia dos Estados Unidos acusou neste domingo (15) um homem identificado como Joseph M. Czuba, de 71 anos, de crime de ódio após matar a facadas um menino palestino de 6 anos em Illinois. A mãe da criança, de 32 anos, também ficou gravemente ferida.
Segundo as autoridades norte-americanas, os crimes teriam sido motivados pelo conflito entre Israel e Hamas, que foi iniciado em 7 de outubro e já deixou mais de quatro mil mortos.
“Os detetives conseguiram determinar que ambas as vítimas deste ataque brutal foram alvo do suspeito devido ao fato de serem muçulmanas e devido ao conflito em curso no Oriente Médio envolvendo o Hamas e os israelenses”, informou o gabinete do xerife do condado de Will em comunicado.
Em nota, o gabinete do condado de Will afirmou também que o menino palestino foi esfaqueado 26 vezes com uma faca estilo militar com lâmina serrilhada de 18 centímetros.
Joseph M. Czuba foi acusado de homicídio de primeiro grau, tentativa de homicídio de primeiro grau, crime de ódio (2 acusações) e de agressão agravada com arma mortal.
O suspeito não fez nenhuma declaração aos detetives sobre o crime, porém a polícia informou que conseguiu reunir informações através de entrevistas e provas para acusar Joseph M. Czuba.
O Conselho de Relações Americano-Islâmicas (CAIR, na sigla em inglês) identificou as vítimas em comunicado divulgado à imprensa como Hanaan Shahin (mãe), e seu filho, Wadea Al-Fayoume.
Em mensagens de texto enviadas ao pai do menino, Hanaan Shahin teria informado que o homem “estava irritado com o que via no noticiário, bateu à sua porta e, quando ela abriu, ele tentou sufocá-la e começou a atacá-la com uma faca, gritando ‘vocês, muçulmanos, devem morrer!’”.
O governador de Illinois, JB Pritzker, condenou os ataques à família e disse que “tirar a vida de uma criança de seis anos em nome da intolerância é nada menos que o mal”.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que ficou “enojado” ao saber do assassinato do menino palestino e prestou condolências à família.
“Este horrível ato de ódio não tem lugar nos Estados Unidos e vai contra os nossos valores fundamentais: a liberdade do medo pela forma como rezamos, pelo que acreditamos e por quem somos”, declarou Biden.