Israel e o grupo armado Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo nesta quarta-feira (15). O acordo, segundo a Reuters, prevê que os combates na Faixa de Gaza, na Palestina, parem o conflito que já dura 15 meses e troquem reféns israelenses por prisioneiros palestinos.
A reunião ocorreu após meses de negociações mediadas por egípcios e catarinos, com apoio dos Estados Unidos. Israelenses comemoraram a resolução de cessar-fogo.
O acordo prevê um cessar-fogo de seis semanas e inclui retirada gradual de forças israelenses de Gaza e libertação de reféns.
O Catar, principal mediador, disse na terça-feira (14) que havia apresentado um esboço da trégua. O Canal 12 de Israel informou que o governo do premiê Benjamin Netanyahu considerou o texto aceitável, e autoridades israelenses aguardavam a resposta do Hamas.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em publicação na Truth Social que um acordo para os reféns no Oriente Médio foi alcançado nesta quarta-feira. "Eles serão libertados em breve. Obrigado!", escreveu o republicano há pouco.
Acordo de cessar-fogo tem três fases
O acordo, segundo pessoas próximas das negociações, possui três fases:
- Primeira fase: liberação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos, além da saída parcial das tropas israelenses da Faixa de Gaza.
- Segunda fase: liberação de reféns militares em troca da soltura de presos palestinos
- Terceira fase: reconstrução da Faixa de Gaza.
Durante esta primeira fase de 42 dias, as forças israelenses se retirariam dos centros populacionais de Gaza, os palestinos seriam autorizados a começar a retornar para suas casas no norte do enclave. Além disso, haveria um aumento na ajuda humanitária, com cerca de 600 caminhões entrando a cada dia no enclave.
Os detalhes da segunda fase ainda devem ser negociados durante a primeira fase. Esses detalhes continuam difíceis de resolver - e o acordo não inclui garantias por escrito de que o cessar-fogo continuará até que um acordo seja alcançado, sinalizando que Israel poderia retomar sua campanha militar após o término da primeira fase.
Os Estados Unidos pressionaram para que, dessa vez, o acordo saia do papel. Na Faixa de Gaza, 9 em cada 10 palestinos estão desabrigados e vivem em tendas improvisadas.
Para o acordo passar a valer é necessário aprovação do gabinete de Benjamin Netanyahu.