Israel aumenta alerta ao norte, na fronteira com Síria e Líbano

País aguarda ataques com mísseis e drones após a morte do brigadeiro Sayyed Razi

Por Moises Rabinovici

Israel aumenta alerta ao norte, na fronteira com Síria e Líbano
Fernando Frazão/Agência Brasil

Com o Irã e o Hezbollah prometendo vingança pela morte do brigadeiro Sayyed Razi, num subúrbio de Damasco, na manhã de segunda-feira (25), Israel aumentou seu alerta ao norte, na fronteira síria e libanesa, à espera de mísseis e drones.

Mousavi era um dos principais conselheiros do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica do Irã e supervisor do armamento enviado de Teerã para o Hezbollah, no Líbano. Era chamado de "querido irmão". A agência de notícias iraniana Fars divulgou que Israel, "sem dúvida, vai pagar por esse crime".

Israel e Hezbollah já estão trocando mísseis desde o início da guerra em Gaza. Um dos mísseis disparados ontem do sul libanês acertou a igreja grego-ortodoxa Santa Maria, em Iqrit, no norte israelense, ferindo uma pessoa. A prometida vingança poderá vir em forma de drones. As tropas na fronteira reforçaram o alerta.

Também de Gaza voaram para Ashkelon, em Israel, e foram interceptados pela defesa antiaérea.

Em Dahab, um paraíso hippie no início dos anos 80, no deserto do Sinai então ocupado por Israel, houve uma forte explosão nesta terça-feira. O canal de TV Al Qahera, do Egito, disse que um "objeto voador" foi abatido a dois quilômetros da cidade. Neste mês, a força aérea egípcia derrubou um drone disparado do Iêmen, nesta mesma área.

Para o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, Israel está sendo atacado em sete frentes separadas, à margem da guerra na Faixa de Gaza, e até agora respondeu em seis delas, como disse durante reunião do Comitê de Assuntos Externos e Defesa do Parlamento: "Estamos sendo por Gaza, Líbano, Síria, [Cisjordânia], Iraque, Iêmen e Irã". E prosseguiu: "Já respondemos e agimos em seis dessas áreas, e digo isso da maneira mais clara possível: Qualquer um que aja contra nós é um alvo em potencial, não há imunidade para ninguém".

A guerra em Gaza só pode acabar quando Israel tiver conquistado todos os seus objetivos. Senão, diz Gallan, "nos encontraremos em uma situação em que... o problema será que as pessoas não vão querer viver em um lugar onde não sabemos como protegê-las". E  concluiu:

"Precisamos de determinação, resistência, força e coesão nacional com relação aos objetivos. É uma batalha na qual quem sobrevive é aquele que é mais forte em nível nacional, em seus valores e em sua unidade. Essa é uma batalha de determinação nacional, e eu lhes digo que derrotaremos o Hamas".

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