Investigado por blitze nas eleições, chefe da PRF é exonerado por Bolsonaro

Silvinei Vasques foi nomeado em 6 de dezembro para cargo na Comissão de Coordenação da Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro

Da Redação

Silvinei Vasques é réu por improbidade administrativa Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agencia Brasil
Silvinei Vasques é réu por improbidade administrativa
Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agencia Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PL) exonerou nesta terça-feira (20) o diretor-geral da PRF (Polícia Rodovária Federal), Silvinei Vasques, que é réu por impropidade administrativa desde o fim de novembro por pedir votos durante a corrida presidencial. 

A exoneração foi publicada no "Diário Oficial da União (DOU) desta terça e assinada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.

Vasques comandou a PRF durante bloqueios nas estradas no segundo turno das eleições. Além de réu por improbidade administrativa, Silvinei Vasques é investigado em um inquérito aberto pela PF (Policia Federal) por blitze realizadas no dia do segundo turno, contrariando uma determinação da Justiça.

O argumento era de que a PRF estaria investigando questões técnicas dos veículos, como condições de pneus, mas as ações podem ter dificultado a chegada de eleitores aos locais de votação. Há diversas denúncias de eleitores do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Eles teriam sido parados, numa suposta tentativa de impedir sua chegada aos pontos de votação. 

O Ministério Público Federal aponta que há indício de omissão da PRF por motivos políticos.

Cargo

Apesar da exoneração, Vasques mantém um cargo de nomeação no governo. Ele foi nomeado em 6 de dezenbro para integrar a “Comissão de Coordenação da Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro”. 

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