O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) vai acompanhar a investigação envolvendo o desaparecimento do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips.
A medida foi anunciada nesta sexta-feira (17) pelo conselheiro Otavio Luiz Rodrigues Júnior, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Fundamentais do órgão.
Em nota, o conselheiro afirmou que a comissão vai atuar para que o crime seja apurado e os responsáveis punidos.
"A vida e sua conspícua dignidade são valores inegociáveis e a defesa dos direitos fundamentais é uma obrigação das instituições de Estado", declarou.
Univaja
A Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari) rebateu nota emitida nesta sexta-feira (17) pela PF (Polícia Federal). O comunicado da PF diz que “não há mandante ou organização criminosa” por trás do desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips.
“A Univaja não concorda com o desfecho da Polícia Federal que afirma não haver mandante para o crime que culminou na morte de Dom e Bruno", disse a entidade indígena em nota.
Em nota detalhada, a Univaja diz que “a PF desconsidera as informações qualificadas, oferecidas pela Univaja em inúmeros ofícios, desde o segundo semestre de 2021, período de implementação da EVU (Equipe de Vigilância da Univaja)”, diz.
Perícia
Nessa quinta (16), os restos mortais de Bruno Araújo e Dom Phillips chegaram ao Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, em Brasília, onde serão periciados para confirmação da identidade.
Ele estavam desaparecidos desde 5 de junho, na região do Vale do Javari, no oeste do Amazonas.
Os remanescentes humanos foram encontrados após o pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, ter confessado a participação no desaparecimento e indicado o local onde os corpos foram enterrados.