Interventor acusa falha de segurança e responsabilidade de Torres em atos

Ricardo Cappelli informou que inquérito mostra falhas operacionais da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal

Da redação

Interventor federal divulga relatório final dos atos criminosos em Brasília
Marcelo Camargo/Agência Brasil

O interventor na segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, apresentou nesta sexta-feira (27) o relatório final sobre os atos criminosos e falhas durante a invasão e depredação dos prédios da Praça dos Três Poderes no dia oito de janeiro. 

Em coletiva de imprensa, Cappelli pontuou que batalhões importantes para a contenção de invasores não foram acionados, mesmo com o alerta da inteligência da SSP-DF, feito em seis de janeiro. 

“O que houve, apenas, foi um repasse burocrático, um ofício recebido para algumas unidades pelo Departamento de Operações. Chama atenção, então, as duas questões: não houve plano operacional, sequer ordem de serviço”, disse.

No documento divulgado por Cappelli, a conclusão é que não houve planejamento operacional de policiamento para evitar e parar terroristas. O relato das forças de segurança também indica que o acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília serviu como base para atos desde dezembro de 2022. 

"Todos os eventos, o evento do dia 12 de dezembro, a tentativa de explosão de bomba e bloqueio do aeroporto. Todos os eventos passam de uma forma ou de outra pelo acampamento. Acampamento criminoso que perturbou a ordem publica do DF", pontuou. 

Segundo Cappelli, o gabinete do então secretário Anderson Torres havia sido informado dos atos programados para o dia oito. "O gabinete do secretário recebeu a informação sobre (a manifestação golpista) e não houve um plano de ações integradas que é de praxe. A informação, difundida na internet, previa invasão de prédios públicos. Faltou comando e responsabilidade", disse. 

Anderson Torres estava em Orlando, nos Estados Unidos, na época dos atos. Ele retornou dia 14 para o Brasil e está preso desde então no 4º Batalhão da Polícia Militar do DF. 

O documento com o relatório final será enviado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. 

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