"É uma decisão de primeira instância. Ainda cabe recurso ao TRE de Goiás e depois ao TSE. Pelo visto a acusação é de uso do palácio do governo para eventos da campanha do Sandro Mabel. Se for só isso, acho improvável que a inelegibilidade seja sustentada nas instâncias superiores. Pode levar uma multa, mas ficar inelegível acho difícil", afirmou Ribeiro.
O caso, que envolve também Sandro Mabel, prefeito eleito de Goiânia, e sua vice, Cláudia Lira (Avante), aponta o uso do Palácio das Esmeraldas em jantares de apoio à campanha de Mabel. A sentença, emitida pela juíza Maria Umbelina Zorzetti, determinou, além da inelegibilidade por oito anos, a cassação do registro de Mabel e multas aos envolvidos.
Ribeiro avaliou ainda o impacto político de uma possível manutenção da inelegibilidade. Mesmo colocando seu nome no tabuleiro da sucessão presidencial de 2026, Ribeiro avalia que o governador não é um nome competitivo para a empreitada. "Se ficar inelegível, é um presidenciável a menos no campo da direita. Mesmo assim, mudaria pouco o cenário para 2026. Caiado não parece ter condições de se tornar um candidato de fato competitivo em 2026."
Embora a decisão tenha gerado repercussão no cenário político, a análise do especialista sugere que as chances de reversão são altas, especialmente considerando a natureza das acusações. A defesa de Caiado ainda não se pronunciou, enquanto os advogados de Mabel disseram que receberam a condenação com surpresa e que "não houve qualquer irregularidade na conduta apontada". O caso segue para análise do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), com possível recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Além da inelegibilidade, as penas incluem multas de R$ 60 mil para Caiado, R$ 40 mil para Mabel e R$ 5.320,50 para Cláudia Lira. A defesa dos acusados ainda não se manifestou sobre os próximos passos após a decisão. Enquanto isso, o processo segue para análise do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) e pode chegar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).