O plenário do Senado aprovou Paulo Gonet como procurador-geral da República (PGR), indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Atualmente, o futuro chefe do Ministério Público Federal (MPF) ocupa o cargo de procurador-geral eleitoral interino. O placar ficou em 65 favoráveis contra 11 e uma abstenção
Gonet substitui Augusto Aras, ocupante da PGR por dois mandatos sob indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ambos foram escolhidos fora da lista tríplice, sugestões dadas aos chefes de Estado por procuradores de todo o país.
Além de Gonet, o Senado também aprovou a indicação Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF). Atualmente, o ex-governador do Maranhão e ex-juiz federal é titular do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
10 horas de sabatina na CCJ
Por cerca de 10 horas, tanto Dino como Gonet passaram por sabatina simultânea na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), nesta quarta-feira (13). O ex-governador do Maranhão e ex-juiz federal focou em defender a atuação dele no 8 de janeiro, enquanto o futuro PGR destacou aspectos técnicos do próprio currículo.
Quem é Paulo Gonet
Nascido no estado do Rio de Janeiro, Paulo Gonet, de 62 anos, é doutor em direito, Estado e Constituição pela Universidade de Brasília (UNB) e mestre em direitos humanos pela Universidade de Essex, na Inglaterra.
Gonet entrou na PGR em 1987 e ocupa, atualmente, o cargo de procurador-geral eleitoral interino na PGR. Ele já atuou como vice-procurador-geral eleitoral e subprocurador-geral da República.