Um incêndio numa casa de férias que hospedava portadores de deficiência em Wintzenheim, no leste da França, deixou onze mortos nesta quarta-feira (09/08).
De acordo com informações divulgadas por autoridades locais, o fogo começou por volta das 6h30 (horário local) e rapidamente devastou o prédio na cidade localizada a pouco mais de 70 quilômetros ao sul de Estrasburgo.
Segundo declaração do vice-prefeito da cidade, Daniel Leroy, ao canal de televisão BFM, o grupo teria sido surpreendido pelo fogo enquanto dormia. Dezessete pessoas conseguiram deixar o prédio a tempo.
De acordo com o tenente-coronel dos bombeiros Philippe Hauwiller, chefe da operação de resgate, o incêndio atingiu grande parte do edifício e que o segundo andar desabou, tornando os escombros "instáveis" e dificultando a busca dos dois últimos corpos. Foi o desabamento que provocou as mortes, já que o incêndio "não gerou dificuldades técnicas para a sua extinção", acrescentou
As vítimas teriam entre 25 e 50 anos e seriam oriundas da cidade de Nancy, localizada a duas horas de carro de Wintzenheim. O prédio abrigava 28 integrantes de um grupo de deficientes intelectuais leves e seus monitores, provenientes da cidade de Nancy, que estavam de férias.
A primeira-ministra da França, Elisabeth Borne, informou que estava a caminho do local: "Meus pensamentos estão com as vítimas e seus entes queridos", postou no Twitter.
O presidente francês, Emmanuel Macron, classificou o episódio como uma "tragédia".
O corpo de bombeiros da região destacou 76 integrantes e quatro carros para combater o incêndio, bem como quatro ambulâncias para atender as vítimas. Quarenta policiais também foram deslocados para o local do incidente.
O fogo foi rapidamente controlado, mas mais da metade da casa foi destruída, segundo comunicado da administração da região do Alto Reno.
O edifício é um antigo celeiro que foi transformado em uma casa de 500 metros quadrados com dois andares e um sótão, segundo os bombeiros. O incêndio começou no térreo. O abrigo faz parte da rede ITEP, cujos núcleos acolhem jovens, adolescentes e adultos com deficiências.
gb/cn (Reuters, Lusa, AFP, Efe)