Imprensa internacional repercute decisão do TSE sobre Bolsonaro

Jornais do exterior destacaram declarações falsas sobre o processo eleitoral brasileiro e a inelegibilidade do ex-presidente até 2030

Da redação

Imprensa internacional repercute decisão do TSE sobre Bolsonaro
Bolsonaro afirma que se sente “injustiçado” com placar sobre inelegibilidade
Valter Campanato/Agência Brasil

Jornais de todo o mundo repercutiram a formação da maioria para tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível até 2030. A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desta sexta-feira (30) declarou o político inelegível por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

Com a decisão, o ex-presidente Jair Bolsonaro não poderá concorrer às eleições municipais de 2024 e 2028 e ao pleito estadual ou federal de 2026. A ação do TSE não é válida para o âmbito penal, ou seja, o político não será preso. 

A imprensa internacional destacou as declarações falsas e os ataques ao processo eleitoral brasileiro, além da movimentação de aliados para anistia e até para um substituto do ex-presidente nas próximas eleições. 

O Wall Street Journal afirmou no título que o TSE “obtém maioria para banir Jair Bolsonaro do cargo”. No texto, o tradicional jornal norte-americano cita que o TSE entendeu que o ex-presidente minou a confiança no sistema eleitoral meses antes de perder as eleições presidenciais. 

Já o New York Times citou que o “Brasil se move para barrar Bolsonaro do cargo por acusações de fraude eleitoral”. No texto, o jornal cita que o movimento do TSE “desferiu um golpe significativo no movimento de extrema-direita do país". 

“Bolsonaro é inabilitado politicamente por abuso de poder e seus parlamentares já pedem anistia”, diz o título do jornal El Mundo, um dos principais da Espanha. O El País destacou as falas de Bolsonaro se defendendo e as 16 acusações contra Bolsonaro na Justiça. 

O Clarín, um dos principais jornais da Argentina, destacou que a Justiça Eleitoral condenou Bolsonaro por “disseminar suspeitas infundadas sobre o sistema eleitoral brasileiro ante embaixadores de países estrangeiros”. 

Já o The Guardian, importante jornal britânico, citou que Bolsonaro foi banido até 2030 por “mentiras terríveis”. A CNN norte-americana citou o abuso de poder político e os votos que chegaram ao veredito. Já a BCC inglesa citou que "Bolsonaro minou a democracia brasileira por falsamente alegar que as urnas eletrônicas eram vulneráveis a hackers e fraudes". 

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