O Ibama emitiu nota afirmando que é falsa a informação de que uma decisão judicial determinou que o órgão ambiental devolvesse a capivara ao influenciador Agenor Tupinambá. Nas redes sociais, circularam informações de que uma juíza teria determinado que o animal retornasse ao influenciador, multado em R$ 17 mil por crimes ambientais.
Na nota, emitida na noite de sábado (29), o Ibama informa que a decisão judicial autoriza integrantes da Comissão de Proteção aos Animais da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas a acompanharem os trabalhos do Centro de Triagem de Animais Silvestres relacionados à capivara resgatada.
A nota foi divulgada após os ativistas Arnaldo Rocha e Luisa Mell afirmarem que há uma decisão da Justiça Federal determinando o retorno da capivara para o influenciador. Porém, a determinação apenas permite vistoria no local em que o animal está.
Apesar disso, diante da repercussão nas redes, a deputada Joana Darc, que acompanha o caso, esclareceu que “Filó ainda não está solta". "Entramos com um mandado de segurança, agora a gente pode fiscalizar para ter o laudo do biólogo e veterinário", disse, nas redes sociais.
Segundo o Ibama, Agenor teria cometido diversos crimes ambientais. Entre eles matar espécie da fauna silvestre (preguiça real), praticar abuso (capivara) e manter em cativeiro para obter vantagem financeira (capivara e papagaio).
Na mesma nota, o órgão afirma que as informações divulgadas pela deputada Joana Darc (União Brasil), são falsas. Ela teria ido ao local e afirmado que haveria vacinas vencidas no centro de triagem. “O protocolo clínico veterinário determina que não se imuniza animais silvestres. O objetivo do Ibama após avaliação técnica é devolver a capivara à natureza garantindo o seu bem-estar e o cumprimento da lei”, afirma a nota.
“Desde janeiro deste ano, os Cetas do Ibama já devolveram à natureza, após reabilitação, 5,6 mil animais no país. O trabalho desses centros é fundamental para a proteção da fauna brasileira e manutenção do equilíbrio ambiental”, completa a nota.
