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Ibama envia veterinários para atender botos que sofrem com seca no Amazonas

Mais de 140 animais foram encontrados mortos na região do Lago Tefé

Da redação com Agência Brasil

Ibama envia veterinários para atender botos que sofrem com seca no Amazonas
Miguel Monteiro/Instituto Mamirauá

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) enviou cinco veterinários especializados em reabilitação de animais silvestres para auxiliar no atendimento aos botos no Lago Tefé, no Amazonas. A equipe do Centro de Triagem do Ibama desembarca hoje (5) e vai trabalhar em conjunto com outros órgãos que já atuam na emergência ambiental. Até a última contagem, feita ontem (4), foram encontrados mais de 140 botos e tucuxis mortos.

Um comando de incidentes foi instalado em Tefé, com a coordenação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com o apoio de diversas organizações, entre elas o Instituto Mamirauá e o Instituto de Proteção Ambiental da Amazônia (IPAAM).

As ações estão concentradas no monitoramento dos indivíduos vivos e recolhimento e necrópsia das carcaças, além de coleta de amostras para análise das possíveis causas do incidente e outras variáveis ambientais.

“Cabe destacar que protocolos sanitários têm sido adotados para a destinação das carcaças. Alguns animais estão feridos pelas lâminas dos barcos a motor, pois não há profundidade para mergulharem o suficiente para escapar das hélices. O ICMBio segue reforçando as ações para proteger as espécies, informou o órgão ambiental.

Também está sendo realizado diariamente o monitoramento da temperatura da água, que ultrapassa 39º graus em alguns pontos do lago. A água muito quente pode reduzir o oxigênio dissolvido e, ao mesmo tempo aumentar a taxa respiratória dos peixes, que afeta o metabolismo e provoca morte por asfixia.

O ICMBio informou que a capitania dos Portos de Tefé está apoiando na fiscalização, ordenamento e desobstrução do lago para facilitar a passagem dos animais em busca de trechos mais profundos e evitar o agravamento da crise.

De acordo com o instituto, outro incidente está sendo acompanhado em Alto Juruá, envolvendo uma grande mortandade de peixes.

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