Hamas perde controle total da Faixa de Gaza após novo bombardeio de Israel

"Completamos nosso cerco, separando as fortalezas do Hamas no norte e no sul, e isso está se mostrando eficaz", informou o tenente-coronel e porta-voz Richard Hecht

Por Moises Rabinovici

Hamas perde controle total da Faixa de Gaza após novo bombardeio de Israel
Gaza
REUTERS/Mohammed Fayq Abu Mostafa

O Hamas perdeu o controle total da Faixa de Gaza depois de mais uma noite de bombardeios contra 450 "alvos" mirados por israelenses, e sem luz, telefone e internet, agora voltando lentamente à normalidade.

"Completamos nosso cerco, separando as fortalezas do Hamas no norte e no sul, e isso está se mostrando eficaz", informou o tenente-coronel e porta-voz Richard Hecht. "É uma guerra urbana a curta distância. Há muita infantaria trabalhando lá."

Sem internet, jornalistas em Gaza não puderam transmitir o que estava acontecendo. Mas um repórter da BBC declarou ter vivido "os ataques aéreos mais intensos desde o início da guerra". A agência palestina de notícias, Wafa, informou que a noite foi de "explosões violentas e um bombardeio sem precedentes de aviões e navios de guerra israelenses".

O primeiro-ministro Netanyahu recebeu o primeiro-ministro búlgaro Nikolai Dankov, nesta segunda-feira de manhã. Antes que começassem uma reunião, ele declarou a jornalistas: "Não estamos lutando apenas a nossa guerra, mas a guerra de toda a civilização contra a barbárie. Estamos lutando contra o inimigo mais brutal que já vimos desde o Holocausto, que está cometendo um duplo crime de guerra - eles estão alvejando civis de propósito e usando seus próprios civis como escudos humanos".

Dezoito chefes de órgãos das Nações Unidas, inclusive o de Direitos Humanos e o da Organização Mundial da Saúde, assinaram um manifesto que denuncia:  "Uma população inteira está sitiada e sob ataque, sem acesso ao essencial para a sobrevivência, bombardeada em suas casas, abrigos, hospitais e locais de culto. Isso é inaceitável. Precisamos de um cessar-fogo humanitário imediato. Já se passaram 30 dias. Já é o bastante. Isso precisa parar agora."

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