Os ataques do grupo Hamas contra Israel causaram uma escalada de violência na região e fizeram surgir uma movimentação global das nações sobre quem apoiar. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por exemplo, repudiou o que chamou de terrorismo provocado pelo movimento islamista palestino, ao mesmo tempo em que apelou para a pacificação nos dois lados.
Institucionalmente, o Brasil, além de defender a soberania de Israel, apoia a criação de um Estado autônomo e economicamente sustentável para a Palestina.
“O governo brasileiro reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas”, diz nota emitida pelo Itamaraty no dia dos ataques.
EUA e União Europeia
Os Estados Unidos deixaram claro o apoio a Israel, inclusive com o envio de aviões e navios para o Mar Meditrrânio. Americano, o maior porta-aviões do mundo chegou à região em apoio a Tel Aviv.
O objetivo, entre outros, é evitar que grupos hostis a Israel, a exemplo do Hezbollah, no Líbano, entrem no conflito.
Essa possível participação do Hezbollah foi destaque no Jornal da Band, explicada pelo cientista político André Lajst. Segundo ele, grupos extremistas são contra Israel como um Estado.
Grande parte do Ocidente declarou apoio a Israel, o que incluiu membros da União Europeia. França, Alemanha e Itália estão entre os países favoráveis à ofensiva de Tel Aviv contra o Hamas.
Árabes na fronteira
No outro lado, o que se tem é uma gigantesca comunidade árabe em países fronteiriços a Israel, onde a diversidade religiosa e cultural é enorme.
Tido como financiador do Hamas, apesar de estar fora da fronteira, o Irã é um dos principais defensores da Palestina, apesar de reforçar que não participou do ataque a Israel, embora tenha saudado a investida terrorista.
Nos últimos anos, o Irã se destacou como um dos mais importantes financiadores do Hamas com o envio de ajuda financeira e de armas. Historicamente, o país é inimigo de Israel.
Liga dos Estados Árabes
A autoridade palestina solicitou uma reunião de emergência da Liga dos Estados Árabes, colegiado ao qual faz parte.
A Arábia Saudita, por exemplo, antecipou o apelo pela paz entre os dois lados, além de ser enfática na defesa da legitimidade dos direitos dos palestinos.
Neutralidade de Rússia e China
Outras duas potências, Rússia e China, se distanciam na defesa de um grupo ou de outro, mas condenam atos terroristas do Hamas e bombardeios israelenses indiscriminados contra civis palestinos.
Esse último ataque do Hamas, grupo que não reconhece Israel como Estado e reivindica as terras para a Palestina, é considerado o maior em 50 anos.
Já a Palestina quer o fim da colonização israelense e dos bloqueios na Faixa de Gaza, onde vivem mais de 2 milhões de habitantes em apenas 360 km quadrados.
Desde a década de 1940, quando o Estado de Israel foi criado pela comunidade internacional, o país intensifica sua influência e força na região como um estado judeu apoiado pelo Ocidente.