O Hamas e o Islamic Jihad rejeitaram o plano de cessar-fogo em três etapas apresentado pelo Egito no final de semana. A proposta incluía uma pausa inicial de duas semanas, libertação de prisioneiros palestinos e de todos os reféns, eleições em Gaza sob responsabilidade da Autoridade Palestina e retirada total de Israel. A parte que desagradou aos dois grupos foi a transferência de poder para a Autoridade Palestina, que os EUA acreditam ser o primeiro passo para a solução de dois estados nos atuais territórios da Cisjordânia, Israel e Gaza.
No Parlamento de Israel o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu discursou numa sessão especial, que contou a com a presença de familiares dos reféns: “Não vamos parar de lutar” (para trazer os reféns para casa). “Precisamos de tempo” ... Da galeria, alguém gritou: “Não temos tempo”. E os familiares dos reféns repetiram em coro: “Agora! Agora!”.
O líder da oposição, Yair Lapid, na tribuna, falou que “precisamos trazer os reféns para casa agora”. Explicou que os dois objetivos da guerra são gêmeos, a vitória militar e o retorno dos reféns, mas que os reféns têm prioridade “e não estamos fazendo o suficiente” para libertá-los.
Netanyahu foi ao front em Gaza, nesta segunda, e disse ter pedido aos presidentes chinês e russo que interviessem pessoalmente em favor dos reféns. A primeira-dama Sara, segundo ele, apelou diretamente ao papa.
A agência de notícias iraniana Tasmin divulgou que um alto oficial iraniano, Reza Mousawi, foi morto durante um bombardeio aéreo no subúrbio de Sitt Zaynab, em Damasco. Não dá mais detalhes, porém lembra que ele era "um dos mais antigos conselheiros do IRGC (Guarda Revolucionária Islâmica) na Síria" e próximo ao ex-chefe da força Quds do IRGC, Qassem Soleimani, morto em um ataque de drone dos EUA em janeiro de 2020, ao chegar a Bagdá.