O Hamas aceitou o acordo para uma trégua e troca de reféns por prisioneiros palestinos, no momento em que Israel preparava um ataque a uma parte de Rafah, em retaliação à morte de quatro soldados israelenses por morteiros disparados de Gaza, no domingo.
O líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, comunicou a aceitação do acordo, oficialmente, ao Catar e ao Egito.
Uma fonte do governo israelense informou que o acordo que foi aceito é uma versão egípcia não é aceitável por Israel.
Pouco antes, o presidente Joe Biden conversou com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, pedindo detalhes sobre o ataque a Rafah em gestação, com a ordem de retirada de 100 mil palestinos civis para áreas humanitárias. Os Estados Unidos só aceitariam uma nova ofensiva israelense em Gaza com a proteção segura de mais de 1 milhão de palestinos civis, o que não é o caso agora.
O rei Abdullah, da Jordânia, está em Washington e se reuniu com o presidente Biden imediatamente após a notícia de que o Hamas tinha aceitado o acordo. Em Israel, familiares dos cerca de 130 reféns estão nas ruas para pressionar Netanyahu a dar o seu acordo por parte de Israel.
Fontes em Jerusalém informaram ao jornal Haaretz que o acordo que o Hamas aceitou é semelhante ao que Israel aprovou anteriormente, desmentindo que ele seria uma versão suavizada. O diretor da CIA, Bill Burns, que passou o fim de semana no Catar, continuando com o Hamas as negociações iniciadas no Cairo, estará hoje em Jerusalém, para encontrar o primeiro-ministro Netanyahu.