O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), voltou a defender a taxação dos super-ricos. Dessa vez, na reunião do G20, nesta quinta-feira (24), em Washington, nos Estados Unidos. Para o gestor brasileiro, a organização internacional precisa assumir uma “nova e ambiciosa” agenda de tributação.
“O Brasil considera esse um tópico particularmente importante. Por isso defendemos que o G20 assuma uma nova e ambiciosa agenda de tributação. Devemos agir juntos para garantir que os super-ricos paguem sua cota justa em impostos, de modo a combater a desigualdade”, defendeu Haddad.
A declaração do ministro ocorreu durante a 4ª Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20, no contexto em que o Brasil preside o grupo das 20 maiores economias do mundo até 30 de novembro. Na sequência, a África do Sul assumirá o posto deixado pela delegação brasileira.
No discurso, o ministro ainda destacou os desafios quanto às mudanças climáticas. Para ele, o mundo precisa facilitar a transição energética e aumentar o que chamou de “financiamento climático”.
“Devemos, portanto, focar em aumentar substancialmente o financiamento climático. Precisamos facilitar transições energéticas rápidas e equitativas, compatíveis com a proteção de vidas, meios de subsistência e biodiversidade ao redor do mundo”, ponderou Haddad.
No início do ano, em evento em São Paulo com ministros de finanças do G20, Haddad também havia defendido um “imposto global para super-ricos”. Inclusive, essa é uma bandeira levantada pelo próprio presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).