A Justiça acolheu o recurso da prefeitura de Teolândia, interior da Bahia, sobre a manutenção da Festa da Banana, cuja atração principal do evento é o cantor Gusttavo Lima, pivô de contratos de até R$ 1,2 milhão com pequenas cidades do interior do Brasil.
O show do sertanejo será mantido após recurso de decisão que atendia pedido do Ministério Público da Bahia (MP-BA) para o cancelamento da Festa da Banana. Acontece que Teolândia está entre as cidades baianas atingidas pelas fortes chuvas que atingiram o Sul do estado desde o fim de 2021.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra a prefeita Rosa Baitinga comemorando a ida de Gusttavo Lima para Teolândia. A gestora disse que esse era o sonho dela. O contrato prevê um cachê de R$ 700 mil.
Nas redes sociais, a prefeita comemorou a decisão da Justiça em prol da realização da Festa da Banana. Rosa argumentou que o evento movimentará a economia e que todas as orientações do Judiciário serão cumpridas.
“A tradicional Festa da Banana irá acontecer graças a Deus, vontade popular e autorização do Poder Judiciário. Trata-se o evento de um vetor de crescimento da indústria do turismo e do entretenimento, que ajudará a população a comercializar produtos para os turistas que frequentam a cidade nos noves dias do evento”, escreveu a prefeita nas redes sociais.
Na decisão, a Justiça entendeu que, devido à organização do evento está completa, ele deve ser realizado. Por outro lado, o juiz Alberto Raimundo Gomes pontua que, caso aja ingerência com os recursos públicos, a prefeita deve responder por improbidade administrativa e ressarcir os valores indevidos gastos.
O show de Gusttavo Lima está marcado para acontecer no dia 11 de junho, último dia da A Festa da Banana, que começa hoje.
Show cancelado em MG
Em Minas Gerais, a Prefeitura de Conceição do Mato Dentro cancelou o show de Gusttavo Lima, cujo cachê seria de R$ 1,2 milhão. A cidade tem apenas 17 mil habitantes. Marcados para o dia 20 de junho, o show da dupla Bruno e Marrone também foi suspenso.
Após a polêmica, a Prefeitura explicou, em comunicado, que o motivo do cancelamento seria uma “guerra política e partidária que não tem nenhuma ligação com o município e nem tampouco com a tradicional festa do Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos”.