O Gabinete de Segurança Institucional exonerou três dos quatro secretários nacionais que atuavam na pasta. A decisão foi divulgada nesta quarta-feira (26) pelo ministro interino do GSI, Ricardo Cappelli.
Segundo a nota à imprensa, Cappelli indica que a exoneração é parte do processo de renovação da pasta, determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Outros 26 servidores que ocupavam postos de direção foram dispensados.
Entre os dispensados, está o secretário de Assuntos de Defesa e Segurança Nacional, o brigadeiro-do-ar Max Cintra Moreira, o secretário de Segurança e Coordenação Presidencial, general de brigada Marcius Cardoso Netto e o secretário de Coordenação de Sistemas, contra-almirante Marcelo da Silva Gomes.
Na terça-feira (25), Ricardo Cappelli citou em entrevista à BandNews TV que a troca de efetivo pretende renovar os quadros. "O ex-ministro havia trocado 35% do efetivo, no meu terceiro dia útil estou levantando informações para acelerar a oxigenação e renovação dos quadros do GSI e assim o farei nos próximos dias”, comentou.
O ministro interino do GSI citou que o general Gonçalves Dias pediu afastamento para que não houvesse dúvidas na credibilidade do processo de investigação dos fatos dos ataques de oito de janeiro. “É claro que houve alguma falha da segurança do GSI no dia oito, houve. Mas não é possível tentar transformar vítimas em culpados”, afirma.
"Pode ter havido uma falha de segurança, mas não é possível inverter, transformar vítimas em culpados. A culpa é de quem conspirou contra a democracia brasileira e em especial o comandante-chefe das Forças Armadas até o dia 31 de dezembro. Foi ele que permitiu que acampamentos fossem montados nos quartéis”, pontua.
Capelli também comentou os vídeos divulgados pelo GSI. Segundo ele, as imagens de câmeras de segurança “mostram o que o Brasil inteiro já sabe: que houve uma tentativa criminosa de golpe de Estado, de ataque às instituições democráticas em oito de janeiro”.