A greve dos ônibus em São Paulo, que estava marcada para quarta-feira (3), não irá mais acontecer. A informação foi confirmada pelo vereador Milton Leite (UNIÃO), que fez a negociação entre as empresas e o sindicato dos motoristas de ônibus da capital paulista.
Para a imprensa, ele citou que o acordo deu abertura para a suspensão imediata da greve. “Avançamos, a pedido das duas partes, patronal e sindicato, caminhamos a um acordo para suspensão imediata da greve”, diz.
“Fui procurado pelas duas partes, pedi para os prefeitos serem informados e a greve não ocorrerá amanhã. Eles tomarão as medidas nas próprias garagens”, completou Milton Leite.
Edivaldo Santiago, presidente do SindiMotoristas, falou dos avanços que causaram a suspensão da greve. “Avançamos bastante, temos um problema sério na categoria sobre a jornada de trabalho, reduzimos de 7h + 1h, reduzimos para 6h30 + 30 de refeição remunerada, conquistamos a questão no aumento no ticket, essa jornada deve fazer a transição em 60 dias, então entendemos que tínhamos alguns problemas”, afirmou.
Entenda as negociações
Os motoristas pediam um reajuste de 3,69%, com base na inflação oficial, aumento real de mais de 5% e compensação das perdas salariais durante a pandemia. Também reinvidicam jornada de trabalho de 6 horas e meia trabalhadas e mais 30 min de intervalo remunerado, ticket refeição de R$ 38 reais/dia, participação nos lucros e resultados, cesta básica e seguro de vida.
O sindicato dos motoristas de São Paulo decidiu pela paralisação dos serviços de ônibus em toda a cidade de São Paulo após duas reuniões nesta terça-feira (2).
Até à noite, as reuniões de negociação seguiam e o sindicato patronal apresentou novas propostas de reajustes, aceitando os termos de duas reivindicações da categoria. Assim, o sindicato preferiu suspender a greve.