Os trabalhadores do Metrô de São Paulo, CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Companhia de Saneamento Básico (Sabesp) decidiram encerrar a greve iniciada nesta terça-feira (3). O movimento afetou milhões de usuários do transporte público na Região Metropolitana.
A assembleia que decidiu encerrar a greve começou às 18h de hoje. A principal reivindicação dos manifestantes não foi atendida, mas 78% votou pelo fim do movimento. Com isso, o serviço volta a ser normalizado a partir da meia-noite desta quarta-feira (4).
A maioria dos sindicalistas também decidiu que não haverá nova assembleia na próxima semana. Os manifestantes são contra a privatização das linhas da CPTM e Metrô e pedem um plebiscito para que a população decida sobre o tema.
Ao longo do dia, os trabalhadores descumpriram ordens da Justiça que obrigava 100% do efetivo nos horários de pico, bem como 80% nos demais períodos. Devido a isso, Tribunal Regional do Trabalho (TRT) aumentou a multa para os sindicatos.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), comentou o descumprimento da ordem do TRT pelos sindicatos. Em entrevista ao Brasil Urgente, o gestor disse que, segundo jurisprudência do próprio TRT, greves com reivindicações como as de hoje são ilegais.
Nós já temos jurisprudência estabelecida pelo TRT que greves com esse mote, lema são ilegais. Não se pode fazer greve para isso, até porque todos os estudos de desestatização são submetidos à audiência pública, consulta popular. Isso faz parte do rito (Tarcísio)