O Metrô de São Paulo e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) estão com linhas paralisadas nesta terça-feira (3) devido à greve dos metroviários e ferroviários contrários ao plano de concessões e privatizações do governo estadual. Servidores da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) também aderiram à greve.
Hoje, apenas as linhas concedidas à iniciativa privada operam normalmente. São elas: Linhas 4-Amarela, 5-Lilás e 8-Diamante. Também privatizada, a Linha 9-Esmeralda operava em normalidade até que um incêndio afetou a operação. Agora, ela funciona em intervalos maiores entre Pinheiros e Villa Lobos- Jaguaré.
Ônibus da operação Paese foram acionados e tentam dar vazão ao fluxo de passageiros, mas os cidadãos relataram espera de até 2 horas no final da tarde para conseguir entrar no veículo. Saiba mais no vídeo abaixo.
Linhas de metrô e CPTM em operação
CPTM
Em operação parcial
- Linha 7-Rubi: de Caieiras a Luz
- Linha 8-Diamante: funcionamento normal
- Linha 9-Esmeralda: operando com maior intervalo de espera entre Pinheiros e Villa Lobos-Jaguaré. Operação Paese segue auxiliando no trecho.
- Linha 10-Turquesa: fechada
- Linha 11-Coral de Guaianazes a Luz
- Linha 12-Safira: fechada
- Linha 13-Jade: fechada
Metrô
Apenas linhas privatizadas
- Linha 1-Azul: fechada
- Linha 2-Verde: fechada
- Linha 3-Vermelha: fechada
- Linhas 4-Amarela: funcionamento normal
- Linha 5-Lilás: funcionamento normal
- Linha 15-Prata: fechada
Integrações abertas: Linha 7-Rubi na Estação Barra Funda com a Linha 8-Diamante / Linha 11-Coral e 7-Rubi na Estação Luz com a Linha 4-Amarela.
Transferências com a Linha 3-Vermelha, na Barra Funda, e com a Linha 1 Azul, na Luz, continuam fechadas.
Greve do metrô pode continuar na quarta-feira
Parte dos associados ao Sindicato dos Metroviários pretende estender a greve para quarta (4), por questões de terceirizações e outras propostas do sindicato. A organização se reúne para debater a continuidade da paralisação em assembleia às 18h.
Os ferroviários e funcionários da Sabesp não vão participar da assembleia e pretendem manter a paralisação apenas por 24h.
O que dizem os metroviários e o governador
Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários, afirmou que a paralisação ocorre por decisão do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que não concordou com o funcionamento do Metrô e da CPTM com as catracas liberadas.
Se ele estivesse preocupado com o trânsito da população, ele toparia esse desafio, preservaria o direito de protesto dos trabalhadores e o transporte para as pessoas se deslocarem, afirmou a sindicalista.
Já o governador criticou a greve e disse que a paralisação de motivação "política e corporativista.
Greves com mote de desestatização são ilegais, já determinaram 100% de efetivo em horário de pico e isso está sendo ignorado. Estamos estudando e vamos continuar estudando a privatização, afirmou Tarcísio.