A ativista Greta Thunberg foi detida com outras pessoas durante protesto contra a demolição de um vilarejo localizado em Lützerath, região rural no oeste da Alemanha, nesta terça-feira (17). A área será usada para extração de carvão, o que atraiu ativistas do clima preocupados com o impacto ambiental.
Greta Thunberg se juntou aos outros ativistas climáticos na última sexta-feira (13; já no sábado (14), os ativistas entraram em confronto com a polícia. Segundo os organizadores, cerca de 30 mil pessoas estavam presentes no local.
Ela foi detida próximo a cerca de oito quilômetros de Lützerath, após se sentar perto da borda da mina de carvão a céu aberto Garzweiler 2.
A sueca Greta Thunberg, de 20 anos, ficou conhecida após protestar na frente do parlamento da Suécia, em 2018, depois de ondas de calor e incêndios atingirem o país. Na época, pediu que o governo reduzisse a emissão de gás carbônico e colocasse em prática as ações do Acordo de Paris.
Entenda
Os últimos moradores da vila já haviam deixado o local, porém os ativistas do clima ocuparam região com barricadas e construíram casas nas árvores e mesmo com o reforço policial na área, eles resistem.
Com a guerra da Rússia na Ucrânia, a Alemanha parou de importar o gás russo, que era barato, e busca novas alternativas para suprir a demanda e crise de energia que atinge o país - e outros países da Europa.
Porém, com a decisão de gerar energia utilizando carvão, a Alemanha também escolhe um vilão do aquecimento global. Ativistas climáticos dizem que a queima do carvão implica na emissão de gases do efeito estufa.