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Grande ataque russo deixa pelo menos 18 mortos na Ucrânia

Com 158 drones e mísseis, Rússia promoveu na noite de quinta-feira uma das maiores ofensivas aéreas desde o início da guerra contra o país vizinho. Dezenas de mísseis e drones foram interceptados pela defesa ucraniana

Por Deutsche Welle

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Reprodução/Volodymyr Zelensky

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, informou que Moscou atacou o país com cerca de 158 drones e mísseis, no que teria sido a maior investida aérea russa desde os dias iniciais da invasão, em fevereiro de 2022, e que teve como alvo a infraestrutura civil, indústria e instalações militares, segundo o exército ucraniano.

Pelo menos 16 pessoas morreram e mais de cem ficaram feridas, segundo as autoridades ucranianas.

"Hoje a Rússia usou quase todos os tipos de armas de seu arsenal: Kinzhal (mísseis), S-300, mísseis de cruzeiro e drones. Lançaram mísseis X-101 e X-505. Um total de aproximadamente 110 mísseis foram lançados contra a Ucrânia, a maioria dos quais foi abatida", escreveu Zelensky no X (ex-Twitter).

As defesas aéreas da Ucrânia derrubaram 27 drones e 87 mísseis, escreveu o chefe do exército ucraniano no aplicativo de mensagens Telegram.

Entre a infraestrutura danificada pelos ataques, Zelenski citou uma maternidade, escolas, um shopping center, blocos de apartamentos, um armazém comercial e um estacionamento.

Na lista de cidades atacadas estavam a capital Kiev, Lviv (oeste), Odessa (sul), Dnipro (centro), Zaporíjia (sul) e Kharkiv (nordeste). "Infelizmente, houve mortos e feridos como resultado dos ataques. Todos os serviços estão trabalhando incansavelmente e fornecendo a assistência necessária", acrescentou o presidente ucraniano, que prometeu uma resposta aos "ataques terroristas”.

"Continuaremos a lutar pela segurança de todo o nosso país, de cada cidade e de cada cidadão. O terror russo deve e vai perder", concluiu Zelenski.

Número de mortos e feridos

O ministro do Interior da Ucrânia, Igor Klimenko, informou detalhes sobre o número de mortos. Ao menos cinco deles foram registrados na região de Dnipropetrovsk (centro), onde o inimigo russo atacou um shopping center, disse o ministro no Telegram.

"A maternidade também foi atacada. Os serviços de emergência resgataram quatro pacientes", acrescentou.

Em Kiev, onde infraestrutura civil de vários tipos foi danificada, pelo menos dois civis foram mortos e 18 ficaram feridos, enquanto em Lviv (oeste) ao menos uma pessoa foi morta e nove ficaram feridas.

Klimenko também falou de pelo menos dois mortos em Zaporiyia (sul) e Kharkiv (nordeste), enquanto em Odessa ao menos dois corpos foram recuperados. As autoridades estimam que ainda possa haver mais pessoas sob os escombros.

Denúncias da ONU

A enviada humanitária da ONU para a Ucrânia denunciou nesta sexta-feira a última onda de ataques russos. "Para o povo ucraniano, este é outro exemplo inaceitável da realidade horrível que eles enfrentam e que fez de 2023 outro ano de enorme sofrimento", disse Denise Brown em redes sociais.

O assessor presidencial da Ucrânia, Andriy Yermak, declarou que Kiev precisa de "mais apoio e força para acabar com o terror". "Mísseis estão caindo em nossas cidades novamente e civis estão sendo alvos", escreveu.

Na quinta-feira, Zelenski agradeceu aos Estados Unidos por liberar o último pacote de armas do acordo existente, já que entre as incertezas enfrentadas pelo presidente está a continuidade do apoio para o país devastado pela guerra. Ele acrescentou que qualquer mudança na política dos EUA, o principal apoiador de Kiev, pode ter um forte impacto no curso da guerra.

lr/bl (EFE, Reuters, AFP)

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