A exoneração do ex-ministro Gonçalves Dias, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), foi oficializada em publicação no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (20). Na última quarta-feira (19), o general da reserva pediu demissão após vazamento de vídeo em que ele aparece no Palácio do Planalto com manifestantes no dia 8 de janeiro.
A demissão ocorreu após reunião com o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Gonçalves Dias é o primeiro ministro a ser demitido no governo petista. Ainda ontem, em nota, o GSI disse que o general e demais militares estavam no local para levarem os invasores ao segundo andar, onde aguardariam as autoridades para serem presos.
No vídeo em que Gonçalves Dias aparece, ele está próximo ao gabinete da Presidência da República. Em dado momento, ele tenta abrir uma porta. Mais tarde, o ministro caminha no corredor com alguns invasores. As imagens sugerem que ele indica uma saída.
Cappelli assume GSI
Com a queda de Gonçalves Dias, Ricardo Cappelli foi indicado para chefiar o GSI. No Ministério da Justiça e Segurança Pública, o novo gestor da Segurança Institucional ocupava a função de secretário-executivo. Quando o Distrito Federal ficou sob a intervenção federal, ele também assumiu o posto de interventor.
Nota da Comunicação
Em nota, a Secretaria de Comunicação Social do governo informou que toma todas as medidas que cabem ao Poder Executivo na investigação dos atos criminosos em 8 de janeiro, ação que culminou na invasão e depredação do Supremo Tribunal Federal (STF), Planalto e Congresso Nacional.
“Todos os envolvidos em atos criminosos no dia 8 de janeiro, civis ou militares, estão sendo identificados pela Polícia Federal e apresentados ao Ministério Público e ao Poder Judiciário”, diz a nota.