Em entrevista realizada nesta quarta-feira (22), o atual ministro da Educação, Victor Godoy, comentou sobre a prisão preventiva do ex-ministro da pasta, Milton Ribeiro. Segundo Godoy, o "governo não compactua com irregularidades".
Milton foi detido nesta manhã e está sendo investigado por repasses irregulares do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada à pasta que comandava.
"Quando tivemos conhecimento, denúncia sobre o assunto, eu mesmo assinei o pedido de investigação. Hoje nós temos aqui uma equipe da Polícia Federal (PF) para ter todo o suporte para as investigações", relatou o atual ministro da educação.
Em áudios divulgados em março, o então ministro dizia que a “priorização” de determinadas prefeituras seria um pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O mandado de prisão obtido pela à Band aponta prática de tráfico de influência (2 a 5 anos de reclusão), corrupção passiva (2 a 12 de anos de reclusão), prevaricação (3 meses a 1 ano de detenção) e advocacia administrativa (1 a 3 meses de detenção). Documentos apreendidos destacam ação criminosa na liberação de verbas públicas.
Godoy ainda afirma que não possui acesso às investigações, que correm em sigilo. "Se qualquer pessoa tenha feito irregularidade, ela tem que ser culpada. Nosso governo não compactua com irregularidades ou desvios, ainda mais na educação. Nossos esforços são para esclarecer fatos e punir a todos que cometam irregularidades", completou.
A PF cumpriu 13 mandados de busca e apreensão e 5 prisões em Goiás, São Paulo, Pará, além do Distrito Federal. Os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura estão entre os presos. Outas medidas cautelares, como proibição de contatos entre os investigados e envolvidos, também foram efetuadas.
Também alvo da operação, Gilmar Santos não possui cargo no Ministério da Educação. Na época em que o áudio vazou, Ribeiro negou, em nota, o suposto pedido feito por Bolsonaro em relação ao atendimento preferencial às lideranças religiosas.
Vídeo: Milton Ribeiro é preso em ação da PF