O governo de Nicolás Maduro expulsou embaixadores e diplomatas de países que contestaram o resultado da eleição presidencial deste domingo (28), na Venezuela.
Segundo carta divulgada pelo ministro das Relações Exteriores, Yván Gil Pinto, foram expulsos diplomatas de Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, Republica Dominicana e Uruguai.
Presidentes da América do Sul - de governos de esquerda e de direita - adotaram tons críticos sobre a eleição. Gabriel Boric, do Chile, escreveu que "o regime de Maduro deve compreender que os resultados que publica são difíceis de acreditar".
O presidente argentino, Javier Milei, afirmou que "a Argentina não vai reconhecer mais uma fraude e espera que as forças armadas defendam a democracia e a vontade popular".
Líderes da Colombia, Peru e Uruguai também cobraram mais transparência. Assim como Jose Raul Mulino, presidente do Panamá. O país tem se aproximado do Mercosul e chegou a romper relações diplomática com a Venezuela.
O resultado das eleições também é questionado por Estados Unidos e União Europeia. Enquanto China, Rússia, Irã, Honduras, Cuba, Bolívia e Nicaragua já parabenizaram Maduro pela vitória.
Segundo informações do repórter Túlio Amâncio, da Band, o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim se reuniu com Nicolás Maduro nesta segunda-feira e também se encontrará com Edmundo Gonzalez.
Protestos
O país também enfrenta uma série de protestos após o Conselho Eleitoral da Venezuela afirmar que Nicolás Maduro, atual presidente do país, venceu as eleições. Segundo o órgão, Maduro teve 51,2% dos votos; já o candidato da oposição, Edmundo González, obteve 44%. O presidente da Venezuela conquistou seu terceiro mandato.
O CNE pediu respeito aos resultados apurados e parabenizou Maduro pela vitória. Maduro, que apareceu no palácio presidencial diante de apoiadores animados, disse que sua reeleição é um triunfo da paz e da estabilidade e reiterou que o sistema eleitoral da Venezuela é transparente.
De 21 milhões de venezuelanos aptos a votar, 59% compareceram às urnas neste domingo (28), segundo o CNE. O voto é facultativo na Venezuela. Após o encerramento da votação, a oposição falou em votação massiva.