O governo federal anunciou um programa para reativação da indústria nacional que promete R$ 300 bilhões em financiamentos para os próximos anos.
As máquinas continuam trabalhando, mas a produção industrial não avança: dados do IPEA mostram que há três anos o setor está praticamente estagnado em 26 por cento do PIB, atrás da área de serviços e seguido cada vez mais de perto (agro) pelo agronegócio. Nesta segunda-feira (22), o governo lançou um programa para tentar resolver uma das dificuldades da indústria: a falta de crédito.
A nova política industrial do Brasil contará com cerca de R$ 300 bilhões em financiamentos até 2026. R$ 250 bilhões serão disponibilizados pelo BNDES, com taxas de juros mais baixas.
A deia é investir em seis áreas. O governo passa a priorizar compras locais de fornecedores brasileiros. Entre as metas aumentar de 35% para 50% a participação agroindustrial no PIB, além de produzir internamente 70% da demanda por medicamentos, vacinas e insumos de saúde.
A indústria acompanha com atenção também as negociações para manter a desoneração da folha, prorrogada pelo congresso até 2027, com larga margem de votos.
O presidente Lula vetou a desoneração, mas teve o veto derrubado por ampla maioria. Mesmo assim, o governo insistiu e enviou uma medida provisória que aumenta progressivamente a carga tributária dos 17 setores que hoje empregam mais de 9 milhões de trabalhadores com carteira assinada.
O objetivo é arrecadar mais para tentar cumprir a meta de déficit zero nas contas públicas. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, deve se reunir nesta semana com Lula para fechar um acordo.