O governo do Rio de Janeiro reafirmou que a realização do Carnaval na Sapucaí está mantida. O posicionamento ocorreu após reunião entre técnicos da Secretaria de Estado de Saúde e do Grupo Técnico de Assessoramento a Eventos de Saúde Pública que discutiu as possibilidades de se estabelecer protocolos sanitários em eventos fechados.
Nesta sexta-feira (7), o governador Cláudio Castro (PL) encaminhou ao comitê a indicação de suspender o Carnaval de rua em todo estado. Segundo o político, seria uma atitude irresponsável autorizar aglomerações, sem haver a possibilidade de seguir protocolos, em meio a aumento de casos de Covid-19.
Castro também determinou que o secretário estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, dialogue com o conselho de secretários de saúde dos municípios para que as festividades sejam canceladas em 2022.
Em comunicado emitido durante a noite, o governo informou que a tendência é que o Carnaval de rua seja, de fato, suspenso. No entanto, ressaltou que não é possível decidir sobre o evento, que acontece daqui a dois meses, levando em consideração apenas o atual cenário epidemiológico momentâneo. Por conta disso, segundo a nota, novos debates devem ocorrer para embasar a decisão.
Em reunião realizada nesta sexta-feira (7), o infectologista Roberto Medronho sugeriu ao comitê a suspensão não apenas dos desfiles nas ruas, como também na Sapucaí e de outros eventos. De acordo o médico, o risco por conta da variante ômicron é muito grande.
Na última terça-feira (4), a Prefeitura do Rio havia anunciado o cancelamento do Carnaval de rua na cidade do Rio. Um novo encontro que ocorreria nessa semana para discutir alternativas para a realização dos desfiles de blocos foi adiado. Segundo o secretário municipal de Saúde Daniel Soranz, toda decisão deve ser tomada de forma cuidadosa por conta dos números da pandemia.
Apesar da confirmação dos desfiles no Sambódromo, a Riotur encaminhou uma orientação à Liga Independente das Escolas de Samba para que as agremiações não realizem mais ensaios em ruas e vias públicas. A Liesa encaminhou a recomendação para as escolas. O objetivo é transferir as ações para barracões e sedes, para ter um controle sanitário maior dos participantes.