Governo de São Paulo revoga aumento do ICMS em alguns setores

Governo de São Paulo revoga aumento do ICMS em alguns setores

Da Redação, com Rádio Bandeirantes

Governo de São Paulo revoga aumento do ICMS em alguns setores Reprodução
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O governo de São Paulo reajustou a cobrança do ICMS a partir desta sexta-feira, 15. As informações são da Ana Paula Rodrigues, da Rádio Bandeirantes

Os decretos publicados no Diário Oficial trazem o aumento, exceto para exploração e produção agrícola, insumos agropecuários, produtores hortifrutigranjeiros, energia elétrica rural e medicamentos genéricos.

A permissão para o corte de benefícios fiscais ocorreu com a aprovação do pacote de ajuste fiscal na Assembleia Legislativa de São Paulo, em outubro. 

Na época do anúncio da medida, o governo de João Doria justificou que “a proposta de redução dos benefícios fiscais foi feita em uma época em que a pandemia apresentava queda nos índices”.

Mas diante da piora da pandemia, o estado voltou atrás e retirou o reajuste para alimentos e medicamentos genéricos para que “não houvesse impacto no bolso dos mais pobres durante a crise”.

A redução dos benefícios fiscais causou revolta em entidades do setor agrícola, que organizaram protestos em 200 cidades no interior paulista.

A revogação do reajuste do ICMS não inclui o diesel que segundo a Secretaria Estadual de Agricultura de São Paulo, faz parte de uma cadeia muito maior. Aliás, para os demais setores da economia, o reajuste está mantido.

Setores comemoram

Em entrevista ao canal Terra Viva, Edivaldo del Grande, presidente do Fórum Paulista do Agronegócio, afirma que a decisão do governador João Doria de voltar atrás no reajuste atende ao setor e vai poupar a parcela mais pobre da população. Mas nem todos os alimentos devem ser poupados.

De acordo com Associação Paulista de Supermercados (APAS), o decreto do governo de SP atinge em cheio dos preços de itens que já estão elevados.

O presidente da APAS, Ronaldo dos Santos, destaca o custo das carnes e do leite. Além do impacto nos alimentos, o setor de medicamentos também será afetado.

O recuo em relação aos genéricos foi comemorado, já que eles representam 41% da venda total em São Paulo. Porém, os remédios de marca tiveram a alíquota ampliada para 18%.

Além disso, de acordo com o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos, os remédios usados no tratamento de câncer, doenças renais crônicas, AIDS, doenças raras e gripe H1N1, perderam o subsídio.

Entidades do setor de veículos também se manifestaram preocupação e emitiram uma nota de repúdio ao aumento da alíquota do ICMS e afirmaram que isso pode provocar fechamento de lojas, demissões e aumento de preços ao consumidor.

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