Governo de coalizão desaba e Alemanha deve ter eleições adiantadas

O chanceler Olaf Scholz demitiu o ministro das finanças, o que desencadeou uma crise

Da Redação

Olaf Scholz, chanceler da Alemanha
REUTERS/Johanna Geron

O governo da Alemanha desabou após o chanceler Olaf Scholz demitir seu ministro das finanças, Christian Lindner, líder do Partido Democrático Livre (FDP), que forma uma coalizão com o Partido Social Democrata (SPD), de Scholz, e o Partido Verde. Após sua demissão, ele anunciou que seu grupo político retirará o apoio à atual administração.

Com isso, o SPD e o Partido Verde deixam de ter maioria no parlamento. Como a Alemanha segue um modelo parlamentarista, isso significa que o governo torna-se minoritário e precisaria de apoio da oposição para continuar de pé. 

Por isso, o chanceler anunciou um voto de desconfiança para o dia 15 de janeiro. Caso o governo perca, novas eleições serão convocadas para março.

Entretanto, a oposição já dá sinais de que não sustentará o governo. Friedrich Merz, líder da União Democrata Cristã (CDU), declarou que não vê motivos para adiar o voto de desconfiança para janeiro. 

“É o fim deste mandato”, afirmou ele, que ainda opinou que o governo deveria convocar a votação para no máximo até o fim da semana que vem. Se isso acontecer, as novas eleições devem acontecer em janeiro.

A demissão de Lindner se deu devido a divisões no governo sobre quais deveriam ser as prioridades orçamentárias da Alemanha, que enfrenta turbulências econômicas.

A atual coalizão é conhecida como “semáforo”, uma vez que as cores dos três partidos que a compõem são verde, amarelo e vermelho,

Atualmente, o CDU lidera as pesquisas de opinião para retornar ao poder no país após a saída de Angela Merkel. O Alternativa Para A Alemanha (AFD), de extrema-direita, também parece bem posicionado para ganhar mais espaço no parlamento, sendo que está sem segundo lugar nas sondagens.

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