O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, anunciou nesta terça-feira (11) o cancelamento do leilão realizado na semana passada para a compra de 263 mil toneladas de arroz importado.
O anúncio foi feito em coletiva de imprensa ao lado do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, e do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.
Segundo as explicações, algumas empresas que foram vencedoras não estavam aptas a participar. “Quem habilitava as empresas a participar do leilão era a Bolsa, não a Conab. O resultado ficávamos sabendo depois”, disse Carlos Fávaro.
Vamos fazer um novo leilão e em outros modelos a fim de ter as garantias de que vamos contratar empresas que tenham as capacidades técnicas e financeiras - Edegar Pretto
Agora, o processo será feito em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU).
O leilão foi organizado pelo governo federal para suprir a demanda em meio às enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável pela maior parte da produção do grão no país.
Após a compra de mais de 260 toneladas por R$ 1,3 bilhões, começaram a aparecer denúncias de supostas irregularidades, pois algumas das empresas que venceram não atuam no mercado de arroz.
Um mercado de queijos de Macapá, uma locadora de máquinas agrícolas de Brasília e uma empresa de frutas congeladas do interior de São Paulo, por exemplo, arremataram milhares de toneladas, conforme noticiado pelo Jornal da Band.
Também nesta terça (11), em meio ao cancelamento do leilão, Neri Geller deixou o cargo de secretário de Política Agrícola.
