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Governo brasileiro negocia libertação de brasileiro capturado pelo exército ucraniano

Caio Henrique de Lima lutava pelo exército russo quando foi preso

Túlio Amâncio

O Itamaraty negocia a libertação de um brasileiro capturado pela ucrânia enquanto lutava pelo exército russo. Há cerca de 15 dias, o brasileiro Caio Henrique de Lima está detido em Kiev, capital ucraniana. 

O jovem, de 28 anos, enviou fotos para a família antes de ser preso pelo exército ucraniano, no front do conflito com os russos. 

Caio é mato-grossense e, em abril deste ano, se mudou para a Rússia. Segundo a família, ele afirmava ter conseguido um emprego em Moscou, com um alto salário, mas sem dar mais detalhes. 

Com o passar dos dias, a história mudou. Os parentes afirmam que o brasileiro foi obrigado a assinar um contrato para servir à Rússia na guerra contra a Ucrânia.

Por aplicativo de mensagens, Caio, que enfrenta um problema renal, reclamava para a família de dores e negligência do exército russo, que negou atendimento médico. Foi aí, então, que a sua irmã pediu ajuda para a embaixada brasileira em Moscou. 

O jornalismo da Band teve acesso à resposta, em 23 de agosto. A embaixada afirmou que pediu informações às autoridades russas e que o Ministério das Relações Exteriores também foi informado sobre a situação.

Em seguida, Caio enviou uma mensagem à representação diplomática na Rússia e escreveu: “o comando do exército já disse que só pode me liberar mediante contato da embaixada brasileira com a Procuradoria militar ou Ministério da Defesa russo.

De acordo com a diplomacia do país, no dia seguinte, ele foi capturado pela Ucrânia. Os diplomatas ucranianos não descartam a possibilidade do brasileiro ter ido para a Rússia ciente de que seria enviado para a guerra como mercenário, como são chamados os combatentes contratados. 

Sem nota oficial sobre o caso, o Itamaraty age nos bastidores para que Caio esteja na próxima troca de prisioneiros entre Rússia e Ucrânia, mas a rusga de Zelensky com Lula é vista como empecilho. 

Segundo o presidente ucraniano, Lula seria “pró-Rússia”. Zelensky também criticou o plano de mediação para o fim do conflito, apresentada em conjunto por Brasil e China.

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