
Após a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formar maioria nesta quarta-feira (26) para tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete aliados réus por tentativa de golpe de Estado em 2022, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que a análise da denúncia transcorreu "no estado democrático de direito que os réus tentaram abolir".
"Hoje a Justiça falou e tornou réus, por unanimidade da Turma do STF, os comandantes da tentativa de golpe contra a democracia no Brasil. É muito significativo que esta decisão tenha sido tomada à luz dos fatos apresentados na denúncia da PGR, no curso do devido processo legal, com garantia ampla do direito de defesa aos acusados. Tudo transcorrido no estado democrático de direito que os réus tentaram abolir", escreveu Gleisi no X.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está em viagem oficial ao Japão, ainda não comentou a admissibilidade da denúncia.
A Primeira Turma do STF votou de forma unânime para tornar Jair Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado e outros crimes. Os ministros Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia compõem a Primeira Turma. Moraes é o relator da denúncia e Zanin é o presidente da Turma.
Agora, os réus responderão pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.