Ginasta Arthur Nory lamenta medalhas roubadas: "É da nossa luta diária"

Da Redação, com Brasil Urgente

Na última sexta-feira (5), bandidos armados invadiram a casa de medalhista olímpico Arthur Nory na Lapa, zona oeste de São Paulo, e roubaram 15 medalhas conquistadas pelo ginasta. Na ação, duas pessoas estavam na casa e foram feitas reféns. Nory estava treinando e soube depois do ocorrido.

Ao Brasil Urgente, Nory falou para o apresentador José Luiz Datena como recebeu a notícia, relatando que o primeiro ladrão abordou uma mulher que fazia a limpeza do local. Ela desceu para o portão após notar latidos excessivos dos cachorros do atleta.

“Ainda um pouco assustado, digerindo tudo o que aconteceu. Eu estava treinando, estou em preparação para Tóquio e foi tudo muito rápido de manhã. No começo, só queria saber como estava o pessoal dentro de casa”, explica.

As peças são de valor sentimental enorme para o atleta. Memorias de muitas conquistas ao longo dos quase 20 anos de carreira. Segundo o campeão mundial e medalhista olímpico, apesar de serem banhadas a ouro, prata e bronze, as medalhas não tem qualquer valor financeiro. Entre elas estão medalhas do Pan-Americano, etapas da Copa do Mundo de ginástica e Jogos Militares. 

Através das redes sociais, o próprio ginasta fez um apelo emocionado. No Brasil Urgente, o ginasta falou da luta para conquistar as medalhas. 

“É da nossa luta diária, do nosso esforço todo dia. É o sonho. Tenho escrito na minha parede ‘quero ser campeão pan-americano' e quando consegui, aquela medalha simboliza isso, simboliza o que briguei para estar lá, cirurgia que a gente passa. Esse sentimento que ficou. Um computador, um notebook, uma TV depois a gente compra outro. Agora uma medalha do Pan-Americano de Lima 2019 não se compra", desabafou. 

Segundo o atleta, por sorte, as medalhas do bronze no solo nas olimpíadas Rio-2016, e o ouro das barras fixas, do Mundial de 2019, estavam guardadas em um outro lugar e por isso, não foram roubadas. 

A Polícia Civil e o próprio Nory não duvidam de que a dupla tinha informações da rotina da família e de que, na hora do roubo, não deveria haver ninguém em casa. 

Câmeras de segurança registraram um homem indo direto na direção da casa de Nory. Com uma chave falsa, ele forçou o portão para entrar. Na sequência, aparece um comparsa para também invadir o imóvel. 

A dupla ficou alguns minutos na casa. Os dois bandidos ignoraram computadores e aparelhos eletrônicos, e levaram 15 medalhas que estavam penduradas na parede de um dos quartos (veja no vídeo abaixo).

O carro usado no crime, um Fox preto sem queixa de roubo, é a principal prova da polícia para tentar identificação da dupla. Digitais dos ladrões deixadas no imóvel também devem ser usadas na investigação. 

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