Gilmar Mendes chama de “retórica bravateira” promessa de Fux de não permitir a desconstrução da Lava Jato

Gilmar Mendes chama de “retórica bravateira” promessa de Fux de não permitir a desconstrução da Lava Jato

Da Redação, com Rádio Bandeirantes

Gilmar Mendes chama de “retórica bravateira” promessa de Fux de não permitir a desconstrução da Lava Jato
Carlos Moura/SCO/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes chamou de “retórica bravateira” a promessa de Luiz Fux de não permitir a desconstrução da Lava Jato, em entrevista exclusiva à Rádio Bandeirantes nesta segunda-feira, 14.

Na última sexta-feira, 11, o presidente do Supremo disse que é necessário defender a operação, que ele considera “exitosa”. Na entrevista na manhã de hoje, no Jornal Gente, o ministro Gilmar Mendes ressaltou que esse papel não é do Judiciário.

“Quando um vejo um colega ou outro dizendo ‘eu garanto a existência da Operação Lava Jato’, ou coisa do tipo, me parece que está se fazendo um tipo de retórica vamos chamar bravateira, porque não temos nada a ver com isso no Judiciário. Nós julgamos aquilo o que nos chega, mas isso vem por provocação do Ministério Público ou da Polícia Federal, que faz as investigações”, disse Mendes. 

O ministro foi indagado se na opinião dele a Lava Jato é uma “página virada”. Gilmar Mendes não foi taxativo, mas salientou que o objeto da força-tarefa em Curitiba, que é a corrupção na Petrobras, “se reduziu” nos últimos anos.

Afirmou ainda que a operação perdeu “muita força” após a saída de Sérgio Moro que, segundo ele, era o “comandante em chefe” do grupo de procuradores.

“Eu não vejo se é uma página virada ou não. Isso é uma questão que terá que ser decidida por quem é de direito, que é a Polícia Federal ou o Ministério Público. A operação perdeu muita força quando saiu de lá, vamos dizer, o seu comandante e chefe que era o juiz Moro.  Embora isso possa soar extravagante, nós acabamos por engendrar no Brasil um tipo de operação em que tem um juiz como comandante”, afirmou. 

Sobre o prazo de 48 horas para a indicação da data da vacinação contra o coronavírus, o ministro disse que o Supremo fez uma “objeção pontual e cirúrgica” ao plano do governo federal.

Assista a entrevista na íntegra
 

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