“Gaza se tornou um cemitério para as crianças”, alerta porta-voz da UNICEF

Mortes no conflito já passam de 8 mil pessoas

Da redação

“Gaza se tornou um cemitério para as crianças”, alerta porta-voz da UNICEF
“Gaza se tornou um cemitério para as crianças”, alerta porta-voz da UNICEF
REUTERS/Ahmed Zakot

O porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), James Elder, fez um alerta sobre a situação dos ataques na Faixa de Gaza. O conflito no Oriente Médio começou no dia 7 de outubro, com os bombardeios em Israel feito pelo Hamas. Desde então, o Exército israelita trava uma ofensiva na região. O porta-voz conversou com a imprensa durante uma conferência em Genebra, nesta terça-feira (31).

“Os números são terríveis. Supostamente, mais de 3.450 crianças mortas e surpreendentemente isso aumenta significativamente a cada dia. Gaza tornou-se um cemitério para milhares de crianças. É um inferno para todos os outros”, disse James Elder.

O porta-voz reafirmou a posição do fundo, solicitando um cessar-fogo humanitário imediato, ‘para a ajuda fluir e para que crianças raptadas sejam libertadas”. Além disso, Elder também alertou para a falta de água na região, e como os ataques são traumáticos para as vidas dos menores.

“Os mais de um milhão de crianças de Gaza também enfrentam uma crise hídrica. A capacidade de produção de água de Gaza representa apenas 5% da produção diária habitual. A morte de crianças, especialmente de bebês, devido à desidratação é uma ameaça crescente”, afirmou.

Elder ainda apelou para que o acesso para a ajuda humanitária seja aberto: “E todas as passagens de acesso à Gaza devem ser abertas para o acesso seguro, sustentado e desimpedido da ajuda humanitária, incluindo água, alimentos, suprimentos médicos e combustível”, finalizou.

Segundo informações do Ministério da Saúde de Gaza, pelo menos 8 mil pessoas já morreram nos ataques israelenses que atingiram a região. Destas pessoas, pelo menos 3,5 mil eram crianças.

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