O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) do Ministério Público de Santa Catarina informou nesta quarta-feira (2) que está trabalhando para identificar pessoas que fizeram suposta saudação nazista durante mobilização golpista em São Miguel do Oeste (SC).
"Uma vez identificadas, será produzido um relatório e as informações encaminhadas pra 2ª Promotoria de Justiça da Comarca, que possui atribuição criminal, para responsabilização dos envolvidos", disse a coordenadora do Gaeco de São Miguel do Oeste, promotora de Justiça Marcela de Jesus Boldori Fernandes.
O caso também já está sendo acompanhado pelo Núcleo de Enfrentamento a Crimes Raciais e de Intolerância.
Um vídeo mostra um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que protesta contra o resultado da eleição que sagrou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) presidente, fazendo gesto análogo ao da saudação nazista, movimento proibido no Brasil.
Eles estavam em via pública, na BR-163, cantando o hino e com as mãos estendidas em direção a um tanque de guerra na entrada de uma base militar.
Fazer apologia ao nazismo é crime. Nas redes sociais, alguns bolsonaristas disseram que o gesto era uma saudação à bandeira, durante a execução do hino nacional e que o gesto não teria ligação com o Nazismo.
O Ministério Público colocou o Gaeco à disposição do Estado de Santa Catarina para auxiliar na investigação dos responsáveis pelo bloqueio de rodovias em solo catarinense. A oferta foi feita na manhã da última terça-feira (1º), na primeira reunião do Gabinete de Crise instituído pelo governo do Estado.
O Gaeco é uma força-tarefa composta pelo Ministério Público, Polícias Militar, Civil, Rodoviária Federal e Penal, pela Fazenda Estadual e pelo Corpo de Bombeiros Militar. Tem como finalidade a identificação, prevenção e repressão às organizações criminosas.