Na última reportagem especial do Jornal da Band, os repórteres Rodrigo Hidalgo, Marcelo Clayton e Edgar Maciel mostram os riscos que carne roubada que chega à mesa pode trazer para os brasileiros.
Das fazendas, para os abatedouros clandestinos. No açougue, o cliente escolhe a carne. Em um ciclo pequeno, o gado roubado pode estar na mesa sem o consumidor saber se o produto é de qualidade ou tem origem no crime.
O roubo e furto de gado não têm impacto só no campo. Na cidade, a consequência é na saúde pública. Comprar uma carne sem saber a procedência do corte ou de como ela foi transportada aumenta o risco do alimento provocar doenças.
“Pode provocar doenças neurológicas, a doença da ‘vaca louca’. O gado que foi abatido em um momento correto, mas foi para um local errado onde foi feita sua higienização, limpeza, armazenamento errado é contaminação alimentar”, alertou o gastrocirurgião Eduardo Grecco.
Mas a pergunta que todo produtor rural quer a resposta é: como reduzir o crime no campo?
Além das câmeras de vigilância, grupos de WhatsApp e delegacias especializadas, o futuro mora em um “brinco”.
São aparelhos de geolocalização, que conseguem identificar a posição exata do animal. Se o gado for furtado, o produtor é avisado na hora, direto de uma central de monitoramento.
Em um país com dimensões continentais, a tecnologia é uma aliada para a segurança das propriedades e também para a investigação da polícia. O sistema ainda engatinha, mas deve virar tendência em pouco tempo nas fazendas brasileiras.
Enquanto o rastreamento não é ampliado, o produtor se protege do jeito que pode, na torcida pra que o sustento continue no pasto do campo.