A menos de duas semanas do Enem, 33 funcionários do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) pediram exoneração do órgão, que é responsável pela aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
A prova será realizada nos dias 21 e 28 de novembro.
Só nesta segunda-feira (8), foram 31 pedidos de saída de servidores - 27 são ligados diretamente ao Enem. A demissão em massa acontece dias após o pedido de exoneração do coordenador-geral de exames para certificação, Eduardo Carvalho, e do coordenador-geral de logística da aplicação, Hélio Junio Rocha Morais, na última sexta (5).
Após assembleia geral, os servidores apontaram como causas da demissão em massa, assédio moral, desmonte das diretorias do Inep, sobrecarga de trabalho, fragilidade técnica, estrutural e administrativa da atual gestão do Inep, comandado por Danilo Dupas.
Segundo os servidores, o clima dentro do Inep é de “desconfiança, perseguição e insegurança psicológica”.
A Assinep (Associação dos Servidores do Inep) divulgou uma nota nesta segunda, onde alega lamentar "que a postura da alta gestão do Inep tenha levado a situação da autarquia a esse ponto dramático" e diz que as decisões dos desligamentos não têm cunho ideológico ou sindical.
A Assinep ainda reafirmou a necessidade de atuação urgente do Ministério da Educação e do Governo Federal no sentido de equacionar a situação.
O Ministro da Educação, Milton Ribeiro, usou seu perfil no Twitter para dizer que o cronograma para a realização do Enem 2021 está mantido e não será afetado pelas exonerações.