A funcionária que assinou um dos laudos de órgãos infectados com HIV pelo laboratório PCS Lab Saleme se entregou à polícia do Rio de Janeiro na tarde desta terça-feira (15). Jacqueline Iris Bacellar de Assis era considerada foragida da Justiça.
Ela é uma das investigadas pela Polícia Civil e teve a prisão determinada pela Justiça do Rio com os sócios do Laboratório PCS Lab-Salema, de Nova Iguaçu. O estabelecimento é investigado no esquema que resultou no maior erro já registrado no sistema de transplantes.
Jacqueline assinou o laudo do exame que atestaria resultado negativo para o HIV em órgãos contaminados. A funcionária ainda utilizava um número de registro que pertencia a uma mulher de Pernambuco e que não tem relação com o laboratório apurado.
Na assinatura do laudo, Jacqueline estava associada a um registro profissional de outra pessoa. Segundo a BandNews FM do Rio de Janeiro, a universidade que consta no diploma apresentado por Jacqueline Iris Bacellar de Assis negou, em nota, que emitiu certificado de conclusão de curso de graduação, de qualquer natureza, para a jovem.
Além de Jacqueline, Ivanilson Fernandes foi preso ontem (14) e disse que a empresa deixou de realizar o controle de qualidade da sorologia diariamente e passou a fazer a vistoria de forma semanal a partir de 2024.
O sócio-proprietário do PCS Lab, Walter Vieira, também foi preso. Ele assina o laudo negativo para HIV de um segundo doador soropositivo. Walter é tio do deputado federal Dr. Luizinho.
Um alvo da operação da Polícia Civil continua foragido. Cleber de Oliveira dos Santos é funcionário da unidade de saúde.