
A rede de lojas de roupas Forever 21 entrou com um pedido de falência pela segunda vez em seis anos nesta segunda-feira (17) e afirmou que irá encerrar as operações nos Estados Unidos. A empresa afirmou que foi prejudicada pela concorrência com empresas da China, como a Shein, custos altos e baixo tráfego em shoppings centers.
A Forever 21 também citou a isenção de impostos na importação de pacotes de baixo custo da China, que minou o poder de fixação de preços da empresa. "Não conseguimos encontrar um caminho sustentável para o futuro, dada a concorrência de empresas estrangeiras de fast-fashion, que conseguiram tirar vantagem da isenção para prejudicar nossa marca", afirmou Brad Sell, diretor financeiro da empresa, para a Reuters.
Os Estados Unidos isentam itens importados com valor inferior a US$ 800, algo em torno de R$ 4.500 enviados a indivíduos. As principais empresas beneficiadas pela isenção são a Shein e Temu, que mantém preços baixos para americanos.
O presidente Donald Trump chegou a suspender a revogação da cláusula como parte de novas tarifas impostas à China em fevereiro.
A Forever 21 entrou em declínio após a popularização de varejistas do comércio eletrônico e a queda da frequência do público em mega shoppings dos Estados Unidos, prejudicando outras varejistas. Desde o início de 2024, pelo menos 20 pedidos de falência de lojas do tipo foram feitas, segundo a Debtwire.
Agora, a operadora da Forever 21, a F21 OpCo, planeja liquidações nos Estados Unidos, enquanto passa por processo de venda e marketing supervisionado pelos ativos, que podem valer até US$ 500 milhões. As lojas internacionais não devem ser afetadas.