Fogo volta a arder em prédio que corre o risco de desabar no Centro de SP

Bombeiros combatem as chamas desde a noite de domingo (10). Prefeitura interditou nove edifícios da região

Da redação

As chamas voltaram a aparecer na noite desta terça-feira (12) no sexto andar do prédio de dez andares atingido por um grande incêndio na noite de domingo (10). O Corpo de Bombeiros conseguiram agir rápido para conter o fogo. O prédio corre o risco de desabar a qualquer momento

A Prefeitura de São Paulo interditou parcial ou totalmente nove edifícios da região da Rua 25 de Março depois do grande incêndio que atingiu a região. Os prédios apresentam riscos de cair de acordo com o laudo assinado pelo engenheiro Álvaro de Godoy Filho. 

Segundo a Prefeitura, nenhum edifício é residencial e, portanto, não há desabrigados. A área comercial, com mais de 2 mil lojas, tem grande movimento de consumidores e comerciantes. 

  • Rua Cavalheiro Basílio Jafet, 115
  • Rua Barão de Duprat, 41
  • Rua Barão de Duprat, 39
  • Rua Cavalheiro Basilio Jafet, 127
  • Rua 25 de março, 734
  • Rua Cavalheiro Basílio Jafet, 107
  • Rua 25 de março, 702
  • Rua Comendador Abdo Schahin, 94
  • Rua Comendador Abdo Schahin, 78
  •  

Os homens do Corpo de Bombeiros não poderão retomar os trabalhos na parte interna do prédio de dez andares, que segue com focos de incêndio.

Segundo o engenheiro da Prefeitura de São Paulo Alvaro de Godoy Filho, o risco de desabamento é iminente.

O combate às chamas terá que ser feito somente pela parte externa, assim como foi feito durante toda a tarde.

A avaliação da equipe de engenharia da Subprefeitura Sé conclui que o prédio atingido pelo fogo corre risco de desabamento. “Se, depois de concluído o trabalho de rescaldo, houver necessidade de demolição, o dono da edificação terá que acionar o engenheiro contratado por ele para a realização do trabalho”, diz a nota da Prefeitura.

A origem do incêndio que atingiu quatro edifícios comerciais ainda é desconhecida. O prédio mais alto, onde o fogo começou, às 21h deste domingo (10), não tinha auto de vistoria do Corpo de Bombeiros em dia. Depois de iniciado, o fogo rapidamente consumiu todos os andares do edifício.

“Esta é uma região com muitos artigos para festa”, explica o capitão André Elias, porta-voz dos Bombeiros. “São polímeros, plásticos, tecidos. Facilita a propagação do fogo.”

Dois bombeiros que atuavam no combate ao incêndio sofreram queimaduras de segundo grau e foram levados ao Hospital do Tatuapé, onde receberam atendimento médico. 

Duas lojas e parte do prédio da Paróquia Ortodoxa Antioquina da Anunciação a Nossa Senhora foram destruídos. Ela é a primeira igreja ortodoxa no Brasil e data de 1904.

A Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da Capital enviou ofício ao Corpo de Bombeiros para que seja informada a situação dos imóveis atingidos pelo incêndio. O promotor Roberto Luís de Oliveira Pimentel quer saber sobre a eventual existência de processo de fiscalização junto às edificações e elas tinham Auto de Vistoria ou Certificado de Licenciamento do Corpo de Bombeiros.

Pimentel questiona ainda “se há medidas para intensificar ações de fiscalização ou um planejamento nesse sentido especificamente para a área em questão, tendo em vista que a Rua 25 de Março e suas imediações possuem inúmeros comércios populares e, portanto, o desempenho de atividades com uso de materiais inflamáveis”. O questionamento leva em conta outros dois incêndios na área, um em 2018 e outro já em 2022.

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