O senador eleito Flávio Dino (PSB), futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, voltou atrás e retirou indicação de Edimar Camata para comandar a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Na última terça-feira (20), o político maranhense havia anunciado o agente da corporação para substituir o bolsonarista Silvinei Vasques, exonerado do cargo ontem.
“Faço questão de assinalar o meu reconhecimento do excelente currículo policial Camata. Tudo dito, portanto, permanece válido. Ele permanece, obviamente, vinculado à Polícia Rodoviária Federal. Não tenho nenhum julgamento de desvaler em relação a ele, mas apenas uma avaliação puramente política”, disse Dino em entrevista coletiva nesta tarde.
Novo chefe da PRF
Quem ocupará o cargo, a partir de então, será o policial rodoviário federal Antônio Fernando Oliveira. O anúncio foi feito no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde atua o governo de transição.
Advogado, Oliveira é agente da PRF desde 1994. Ele é pós-graduado em direito tributário e mestrando em ciências jurídicas pela Universidade Autónoma de Lisboa (UAL).
Camata fez post lavajatista
A decisão do ex-governador do Maranhão acontece após postagens de Camata em apoio à Lava Jato, operação que culminou na prisão do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Com a exoneração de Vasques, a direção da PRF ficará sob o comando de Marco Antônio Territo de Barros, diretor-geral substituto (atual Diretor-Executivo).