A Fundação Oswaldo Cruz espera entregar em março 15 milhões de doses da vacina contra Covid-19 de Oxford ao Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. A estimativa leva em consideração a entrega de três lotes do Ingrediente Farmacêutico Ativo, que deve ocorrer até o fim de fevereiro.
A primeira remessa com cerca de 90 litros do IFA chega neste sábado, 6. A quantidade é suficiente para produzir 2,8 milhões de doses. No entanto, a Fiocruz vai entregar em um primeiro momento 1 milhão de doses entre os dias 15 e 19 de março.
A presidente da instituição, Nísia Trindade, garante que a demora na chegada dos insumos não vai atrasar a produção do imunizante. A decisão por dividir a remessa inicial em três lotes tem como objetivo otimizar o início da produção industrial. Até junho serão enviados 14. O recebimento das próximas remessas está previsto para os dias 23 e 28 de fevereiro.
A meta da fundação é a produção de 100 milhões de doses até julho. Segundo o diretor do Complexo Industrial de Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma, por mais que o início da produção seja imediato mediante a chegada do IFA, o processo exige tempo.
A expectativa é que em abril a Fiocruz dê início à incorporação tecnológica para a produção nacional do IFA, com a entrega de vacinas 100% produzidas em Bio-Manguinhos a partir de agosto.
Em cerimônia nesta sexta-feira, 5, o ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, lançou o edital de licitação para a construção do novo Complexo Industrial de Biotecnologia da Fiocruz, que será construído em Santa Cruz, na Zona Oeste, e tem previsão de ficar pronto em 2023. O espaço deve ampliar em quatro vezes a capacidade do instituto de produção de vacinas.
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