A Finlândia confirmou formalmente, neste domingo (15), que pretende se juntar à Otan, de acordo com o jornal britânico The Guardian.
Em uma entrevista coletiva, o presidente Sauli Niinistö disse que ele e “o comitê de política externa do governo concordaram que, após consultar o parlamento, a Finlândia se candidatará à adesão à Otan”. Ele saudou a decisão como "um dia histórico" para o país nórdico.
O país abandona décadas de não alinhamento militar em uma mudança política histórica desencadeada pela invasão da Ucrânia pela Rússia. “Uma Finlândia protegida está nascendo como parte de uma região nórdica estável, forte e responsável ”, disse o presidente.
A primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin, afirmou que a proposta será enviada ao parlamento na segunda-feira. “Esperamos que o parlamento confirme a decisão nos próximos dias. Será baseado em um mandato forte”, disse durante a coletiva.
A Finlândia compartilha uma fronteira de pouco mais de 1.300 km com a Rússia e, assim como a Suécia, mantém políticas rígidas de neutralidade e não alinhamento desde o final da Segunda Guerra Mundial.
O cenário mudou após a invasão da Ucrânia por Putin em fevereiro e levou a uma mudança profunda de pensamento, com o apoio público à adesão à Otan triplicando para cerca de 75% entre os finlandeses.
Niinistö disse que não acredita que a Rússia responderá à medida com força militar, mas acrescentou: “Sempre vale a pena lembrar que a vigilância total está em vigor”.