A relatora da comissão especial da reforma política na Câmara afirmou que a volta do financiamento privado das campanhas não está em pauta. A deputada Renata Abreu (Podemos-SP) disse nesta quarta-feira (5) ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, que “as prioridades são outras”.
Uma delas é o “distritão”, em que cada Estado ou município vira um distrito eleitoral e os candidatos mais votados são eleitos. Na prática, eleições para a Câmara e legislativos locais se tornariam iguais a de presidente, governador, prefeito e senador.
Esse modelo acaba com os “puxadores de votos”, aqueles candidatos com votação expressiva que elegem também outros do mesmo partido ou coligação.
Segundo a relatora da comissão especial na Câmara, outros assuntos que serão debatidos são as cotas de candidaturas e mandatos coletivos.
Tema sensível, o financiamento das campanhas, para a deputada Renata Abreu, é uma página virada.
Com o financiamento privado proibido, a conta para sustentar os partidos é inteiramente bancada pelo contribuinte.
A relatora da reforma política argumenta que “democracia tem custo” e, ainda na visão dela, o financiamento público é mais “transparente”.
Instalada na última terça-feira (3) na Câmara dos Deputados, a comissão especial da reforma política tem 40 sessões para emitir um parecer sobre uma PEC de 2011 adaptada para o tema. O deputado Luis Tibé (Avante-MG) será o presidente da comissão, e a deputada Renata Abreu, a relatora. A comissão é composta por 34 membros titulares e 34 suplentes.